Semana Nacional da Família trata da família no âmbito do trabalho

 

 

Durante esta semana (12 a 18 de agosto) está acontecendo a Semanal Nacional da Família em todo Brasil. Desde pequenas comunidades paroquiais, até arquidioceses inteiras, estão refletindo sobre a temática da família, a partir do tema: ‘A Família: o trabalho e a festa’. Neste quinto dia de partilha e celebração, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organizou um texto a partir das Catequeses preparatórias ao 7º Encontro Mundial das Famílias, que trata da família no âmbito do trabalho, como uma contribuição na reflexão.

Família e o trabalho

Hoje, o mercado do trabalho obriga não poucas pessoas, principalmente se são jovens e mulheres, às situações de incerteza constante, impedindo-os de trabalhar com a estabilidade e segurança econômica e social. Impondo “regras” individualistas e egoístas às gerações mais jovens na formação de uma família, e às famílias, a geração e a educação dos seus filhos.

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Um grande sinal

seg, 13 de Agosto de 2012 14:03 por: cnbb

 

Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba

Não sabemos para onde apontam os sinais da realidade brasileira em momentos de campanhas eleitorais e do cenário de julgamento do mensalão. Será que, em tudo isto, está a vitória do povo brasileiro? Quem sairá ganhando e, também, quem vai perder? É a grande incógnita de um país que não se prima pela justiça.

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Vida e Família, desafios para políticos

 

Dom Gil Antônio Moreira Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG)

Celebramos, dia 10 de agosto, na  Arquidiocese de Juiz de Fora, os 30 anos da publicação da Exortação Apostólica, Familiaris Consortio. Tal Documento é marco importante na história da Igreja, lançado pelo Beato Papa João Paulo II em novembro de 1981. Somos convidados a reler este importante texto, inclusive buscando nele luzes e forças para responder às novas realidades relacionadas à família advindas depois de sua publicação. Veremos a visão avançada do Papa Woytila, que ficou conhecido também como Papa da Família. Tais temas são não se relacionam somente à religião, mas também ao mundo político.

No segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, inicia-se em todo o Brasil a Semana da Família, com o lema: Família, Trabalho e Festa, escolhido pelo Papa Bento XVI para a recente Jornada Mundial das Famílias. Além das referências aos meios de subsistência pelo trabalho e a necessidade do justo descanso nos dias festivos, no bojo dos assuntos estão também as preocupações com a vida humana, por causa dos enormes problemas vividos hoje em dia, sobretudo em relação ao desrespeito aos nascituros e aos idosos, e ainda as incômodas deformações do conceito de família, com aplicações do termo a situações não apropriadas.

Tais temas constituem, de forma muito particular, um desafio para a classe política, envolvendo as próximas eleições. Ainda que tais assuntos, normalmente, sejam discutidos em estâncias superiores, ou seja, nas assembléias estaduais, câmaras de deputados e senado, envolvem também os municípios onde estão as bases eleitorais. Dizia Mario Covas, memorável Governador de São Paulo, que eleições acontecem é nos municípios onde estão os eleitores e os cabos eleitorais. Assim, ao eleger vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, temos que conhecer suas opiniões e suas opções a respeito dos temas e os princípios éticos que defendem.

A Comissão para a Vida e Família, da CNBB, lançou há poucos dias, um interessante folheto que trata da questão. Entre outras indicações, é de se destacar o seguinte texto: A Igreja se preocupa com a forte tendência da cultura atual que não mais valoriza o dom de si para o bem do outro, antes, dá o privilégio ao bem estar individual, até mesmo com sacrifício de outros, como documenta a decisão do STF que privilegia o bem estar da mãe, sacrificando a vida do seu bebê portador de anencefalia.

Esta tendência transborda os limites jurídicos, torna-se mentalidade comum e está na origem da maioria dos conflitos familiares, das agressões, das violências, do descaso. A família constroi um estilo de vida que promove a solidariedade e a paz, e isto é de interesse  de toda a sociedade.

Com relação aos deveres do Esrado, a nota afirma: Por isso, ela (a família) merece ser protegida e não descaracterizada pelo Estado como acontece quando qualquer união com base afetiva é a ela equiparada, mesmo faltando as características que a identificam. Isto não tem nada de homofóbico, mas tudo de lógico.

O texto da CNBB demonstra a importância de preservar a família em seu conceito original, quando afirma: A família é o primeiro lugar no qual a pessoa tem a possibilida¬de de crescer, realiza sua humanidade, encontra ter¬reno para o seu pleno de-senvolvimento.

Em Juiz de Fora, iniciamos, nesta 6ª feira,dia 10 de agosto, uma sequência de palestras e reuniões, dirigidas pelo grande professor Padre Alberto Bochatey-OSA, catedráico de Universidades de Roma, Membro da Pontifícia Academia para a Vida (Roma), e ainda atuante em meios acadêmicos da Argentina. De 2ª. a 5ª.feira, um curso intensivo sobre Bioética e Família reune padres, diáconos e seminaristas das dioceses de Juiz de Fora, Leopoldina e São João del Rei. Certamente as palestras servirão de subsídios para imulminar as decisões no exercício demorático do voto.

Para se escolher o candidato em quem votar, é justo que os cristãos, em consicência, examinem se sua escolha recairá em pessoas que procuram colocar em primeiro lugar a dignidade da pessoa humana, a ética familiar e social, afinal, bem comum.

Quem quer ir pr’o céu?

 .

 Sex, 20 de Julho de 2012 14:52 por: cnbb .

 Dom Redovino Rizzardo Bispo de Dourados (MS)

O título faz parte de uma estória que se conta por aí. Durante um encontro de ensino religioso, a catequista pergunta aos pequerruchos que estão em sua frente: “Quem quer ir pr’o céu?” Todas as crianças levantam a mão e respondem em coro: “Eu vou!” Umas delas, porém, fica em silêncio. “Você não quer?” indaga curiosa a mestra. E ela: “Não, porque mamãe me disse para voltar logo para casa após a catequese!”... Passando da brincadeira para a realidade, se conhecêssemos verdadeiramente quem é Deus e o que significa “paraíso”, seríamos atraídos irresistivelmente para eles, infinitamente mais do que acontece com a lei da gravidade. Infelizmente, ao longo da vida, são tantos e tão fortes os ouropéis que aparecem, que lentamente, dia após dia, nos tornamos cada vez mais cegos às “coisas do céu” e atraídos pelas “coisas da terra”. Mas, o que é o céu? Para começo de conversa, poderíamos lembrar que sua existência era aceita até mesmo fora do judaísmo. Famoso é o exemplo apresentado por Platão. Para ele, o mundo se assemelha a uma caverna escura, habitada por pessoas acorrentadas, de costas para a entrada. No lado de fora – ou seja, envolvidas pela luz e pela beleza do sol – caminham e trabalham outras pessoas, cheias de vida. É a sombra delas que se reflete no fundo da caverna – sombra que, para os aprisionados, é a única realidade percebida e, portanto, existente. Para Platão, o frenético corre-corre que atordoa e inferniza os habitantes deste mundo é... uma aparência enganosa. A realidade que sustenta e dá sentido a tudo é Deus. Com ele concorda um salmista judeu, que escrevia mais ou menos na mesma época: "Setenta anos é a duração de nossa vida. Oitenta, para os mais robustos. A maior parte deles é sofrimento e vaidade. Passam depressa e nós voamos. Ensina-nos, Senhor, a contar os nossos dias, para que tenhamos a sabedoria do coração!" (Sl 90,10.12). Na “Escola de Atenas”, uma obra estupenda do pintor renascentista italiano Rafael Sanzio, Platão aparece com o dedo apontado para o alto, e Aristóteles, para o chão. É a síntese perfeita da missão do cristão. Quanto mais ele olha para o céu, mais aprende a olhar para a terra. Quanto mais Deus estiver presente em sua vida, mais perfeito e concreto será seu amor pelos irmãos que caminham ao seu lado. Foi provavelmente isso que os anjos quiseram ensinar aos Apóstolos no dia da Ascensão de Jesus: "Homens da Galileia, por que ficais aí, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que foi elevado ao céu, virá novamente para vós!" (At 1,11). E, se Jesus “virá novamente no meio de nós”, o céu deixa de ser uma casa que se constrói na terra e se ocupa somente após a morte. Pelo contrário, se alguém, já aqui na terra, conseguir transformar a sua vida numa morte ininterrupta ao egoísmo, a cada morte corresponderá uma nova experiência de paraíso, até a última, quando ele mesmo se identificará com o céu: "Desde agora já somos filhos de Deus, embora ainda não se tenha tornado claro o que vamos ser. Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos como ele é" (1Jo 3,2). Ao tentar descrever o céu, o “Catecismo da Igreja Católica” faz esta reflexão: "O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva. Viver no céu é viver com Cristo. Os eleitos vivem nele, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram – sua verdadeira identidade, seu próprio nome. Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura nos fala dele em imagens: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9)». Por tudo isso – e por mil outras razões –, Santa Teresa de Ávila repetia para si mesma: "Espera, ó minha alma, espera! Ignoras o dia e a hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo, e longo um tempo que é curto. Considera que, quanto mais lutares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com teu Bem-Amado numa felicidade e num êxtase que não poderão jamais terminar".

JESUS E A FOME DO POVO - MESTERS, LOPES E OROFINO

JESUS E A FOME DO POVO - MESTERS, LOPES E OROFINO
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
JESUS E A FOME DO POVO
João 6,1-15
 
Texto extraído do livro "Raio-X da Vida" - Círculos Bíblicos do Evangelho de João. Coleção A Palavra na Vida 147/148. Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. CEBI Publicações. Saiba mais O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA No texto de hoje, vamos refletir a história da multiplicação dos pães. O povo ia atrás de Jesus, porque via os sinais que ele fazia para os doentes. Era um povo faminto e doente, como um rebanho sem pastor. Estava desorientado. Buscava sinais, buscava um líder. Seguia a Jesus, porque enxergava nele o novo líder capaz de resolver os seus problemas. Vendo aquela multidão de gente que o procurava, Jesus confronta os discípulos com a fome do povo. Alguma coisa tinha de ser feita!

SITUANDO
No Situando do 8º Círculo Bíblico deste mesmo livro, vimos o esquema das sete festas e dos sete sinais. Aqui, neste novo círculo, estamos na festa da Páscoa, a 4ª festa (Jo 6,4). Nela acontecem dois sinais: a multiplicação dos pães (4º sinal) e a caminhada sobre as águas (5º sinal). Em seguida, vem o longo diálogo sobre o Pão da Vida (Jo 6,22-71). O enfoque central é o confronto entre a antiga Páscoa do Êxodo e a nova Páscoa que se realiza em Jesus:
Jo 6,1-15: Multiplicação dos pães - Como Moisés, Jesus dá de comer ao povo no deserto; Jo 6,16-21: Caminhada sobre as águas - Como o povo, Jesus atravessa o mar; Jo 6,22-71: Diálogo sobre o Pão da Vida - Esclarece a nova Páscoa que se realiza em Jesus.

COMENTANDO
1. João 6,1-4: A Situação
"Estava próxima a Páscoa". Na antiga páscoa, aquela do êxodo do Egito, o povo atravesssou o Mar Vermelho. Aqui na nova páscoa, Jesus atravessa o Mar da Galiléia. Uma grande multidão seguia a Moisés no primeiro êxodo. Uma grande multidão segue Jesus nesse novo êxodo. No primeiro êxodo, Moisés subiu a Montanha. Jesus, o novo Moisés, também sobe à montanha. O povo seguia a Jesus porque tinha visto os sinais que ele fazia para os doentes.
2. João 6,5-7: Jesus e Filipe Uma vez no deserto, apareceu a fome do povo. Vendo a multidão faminta, Jesus pergunta a Filipe: "Onde vamos comprar pão para esse povo comer?" Fez a pergunta para prová-lo, porque ele sabia o que fazer. Como sabia? É que, conforme a Escritura, no primeiro êxodo, Moisés tinha conseguido alimento para o povo faminto. Jesus, o novo Moisés, irá fazer a mesma coisa. Mas Filipe, em vez de olhar a situação à luz das Escrituras, olha a situação com os olhos do sistema e responde: "Duzentos denários não bastam!" Um denário era o salário mínimo de um dia. Filipe constata o problema e reconhece a sua total incapacidade para resolvê-lo. Faz o lamento, mas não apresenta solução.
3. João 6, 8-9: André e o menino André, em vez de lamentar-se, busca uma solução. Ele encontra um menino com cinco pães e dois peixes, disposto a partilhá-los. Cinco pães de cevada e dois peixes eram o sustento ou a ração do pobre. O menino entrega o seu sustento! Ele poderia ter dito: "Cinco pães e dois peixes, o que é isso para tanta gente? Não vai dar para nada! Vamos partilhá-los aqui entre nós com duas ou três pessoas!" Em vez disso, tem a coragem de entregar cinco pães e dois peixes para alimentar 5 mil pessoas (Jo 6,10). Andre percebe que neste gesto do menino está a solução. Por isso, levou-o até Jesus. Quem faz isso, ou é louco ou tem muita fé em Jesus e nas pessoas, acreditando que, por amor a Jesus, todos se disponham a partilhar como fez o menino!
4. João 6,10-11: A multiplicação Jesus pede para o povo se acomodar na grama. Em seguida, multiplica o sustento, a ração do pobre. Diz o texto: "Jesus tomou os pães e, depios de ter dado graças, distribuiu-os aos presentes, assim como os peixes, tanto quanto queriam!" Com esta frase, escrita no ano de 100 depois de Cristo, João evoca o gesto da Ceia, do jeito que era celebrada nas comunidades (1Cor 11,23-24). A Ceia Eucarística, quando celebrada como deve, levará as pessoas à partilha como levou o menino a entregar seu sustento para ser partilhado.
5. João 6,12-13: A sobra dos 12 cestos Jesus manda recolher a sobra do pão. Recolheram 12 cestos. O número 12 evoca a totalidade do povo com suas 12 tribos. João não informa se sobrou algo dos peixes. É que o interesse dele era evocar o pão como símbolo da Ceia Eucarística. João não descreve a Ceia Eucarística, mas descreve a multiplicação dos pães como símbolo do que deve acontecer nas comunidades e no mundo através da celebração da Ceia Eucarística. Por exemplo, se no Brasil houvesse partilha, haveria comida abundante para todos e sobrariam 12 cestos para muitos outros povos! E dizem que o Brasil é o maior país católico do mundo! Ah, se fosse...! 6. João 6,14-15: Querem fazê-lo rei O povo interpreta o gesto de Jesus dizendo: "Esse é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo!" A intuição do povo é correta. Jesus de fato é o novo Moisés, o Messias, aquele que o povo estava esperando (Dt 18,15-19). Mas esta intuição tinha sido desviada pela ideologia da época que "queria um grande rei que fosse forte e dominador". Por isso, vendo o sinal, o povo proclama Jesus como Messias e avança para fazê-lo rei! Jesus, percebendo o que ia acontecer, refugia-se sozinho na montanha. Não aceita esta maneira de ser messias e aguarda o momento oportuno para ajudar o povo a dar um passo.

ALARGANDO
O Livro dos Sinais
Já vimos na Introdução que o Evangelho de João se formou a partir de dois livros mais antigos: o Livro dos Sinais e o Livro da Glorificação. O Livro dos Sinais foi escrito para que as pessoas, através do sinais realizados por Jesus, pudessem crer que ele é "o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham a vida eterna em seu nome" (Jo 20,30-31).
O autor tem consciência de que está selecionando alguns sinais, já que afirma que "Jesus fez muitos outros sinais ainda, que não estão escritos neste livro" (Jo 21,25). Assim, João preservou sete sinais prodigiosos de Jesus: a transformação da água em vinho em Caná (Jo 2,1-11); a cura do filho do funcionário real, também em Caná (Jo 4,46-54); a cura do paralítico em Jerusalém (Jo 5,1-18); a multiplicação dos pães na Gililéia (Jo 6,1-15); a caminhada sobre o mar (Jo 6,16-21); a cura do cego de nascença em Jerusalém (Jo 9,1-41) e a ressurreição de Lázaro em Betânia (Jo 11,1-44).
No Quarto Evangelho, não aparecem os inúmeros milagres de Jesus como nos outros evangelhos, e nenhum relato de um gesto de expulsão de demônios. O Evangelho de João chama estes acontecimentos de "sinais" e não de "milagres", como nos outros evangelhos. Por que esta diferença? É que, para João, estes sinais de Jesus exigem uma tomada de posição por parte das pessoas.
Os sinais de Jesus podem provocar fé. Em Caná, diante do sinal do vinho, os discípulos tiveram fé em Jesus (Jo 2,11). Também em Jerusalém os sinais provocam adesão e fé (Jo 2,23). Movido por estes mesmos sinais, Nicodemos busca saber quem é Jesus (Jo 3,2). O funcionário real e sua família se convertem diante do sinal feito por Jesus (Jo 4,54). Mas Jesus exigo algo mais. Ele desconfia de uma fé que vive pedindo sinais (Jo 2,18; 2,23-25; 4,48). Os sinais nem sempre suscitam fé em Jesus (Jo 6,26; 12,37).
Para Jesus não é necessário "ver para crer!" (Jo 20,29). Talvez por isso João relata apenas sete sinais. Ele destaca estes sinais para que as pessoas que buscam a glória de Deus possam penetrar no mistério da vida de Jesus e descobri-lo como verdadeiro Messias e Filho de Deus (Jo 1,14; 2,11; 20,30-31).
Os sinais feitos por Jesus são expressão do amor de Deus pela Humanidade. Desta forma João busca ligar Jesus com as manifestações da glória de Deus no Antigo Testamento. No AT "glória" é a manifestação visível do Deus invisível através de atos e feitos extraordinários (Ex 16,7-10; 24,17; Nm 14,11-22; Dt 7,19-29; 29,1-3). Através destes sete sinais extraordinários de Jesus, a comunidade pode ter a certeza de que Deus continua junto com o povo, num novo êxodo para a liberdade.